quarta-feira, 10 de junho de 2015

Aquecimento - Festa Regional: #2 REGIÃO NORDESTE

O Nordeste é a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no total): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em função de suas diferentes características físicas, a região é dividida em quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas.


Nas festividades, a região Nordeste dispõe de variados eventos que ocorrem ao longo do ano:

Festa do Divino: Dedicada ao Divino Espírito Santo e realizada no domingo de Pentecostes. A figura homenageada é o Imperador do Divino, habitualmente um menino com vestimenta de imperador. É organizada pela Folia do Divino, que são pequenos grupos encarregados de arrumar o dinheiro para a realização da Festa. Os grupos são encarregados de saírem pedindo dinheiro pelas residências, onde param para cantar as músicas do divino, acompanhadas de viola e rabeca. As folias carregam também a Bandeira do Divino para o povo beijar.


Festa do Nosso Senhor dos Navegantes: Esta festa é uma procissão no mar, feita por diversas embarcações que transportam o barco onde está a imagem do Protetor dos Navegantes. A realização da procissão é realizada na Baía de Todos os Santos, em Salvador.

Festa de Iamanjá: A rainha dos mares, Iemanjá, é também conhecida como Janaína e Nossa Senhora do Rosário. Na casa do Peso, em Salvador (BA), fica um balaio, guardado por uma mãe-de-santo, onde os devotos depositam presentes que serão levados ao mar no dia da comemoração.

Festa de Santa Cruz: Esta festa comemora a descoberta da verdadeira cruz de Cristo pela imperatriz Helena, mãe do Imperador Constantino. É uma festa religiosa com música e danças de origem indígena. É uma festa em que apenas os homens participam, dançando e tocando instrumentos próprios dos índio.

Festa do Bonfim: Para os baianos que seguem as religiões africanas, o Senhor do Bonfim é o mesmo que Oxalá. No dia da festa as mães e filhas-de-santo lavam as escadarias da Igreja do Bonfim com água do poço de Oxalá. Os festejos duram nove dias, com rodas de samba e capoeira. A comemoração é encerrada na “segunda-feira da Ribeira”.

Na música popular nordestina, destacam-se ritmos, tais como: o coco, o xaxado, o samba de roda, o baião, o xote, o forró, o axé, o frevo etc.

Coco: ritmo originário de Pernambuco. O nome refere-se à dança e ao som deste ritmo. Coco significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, em fileiras ou em círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino.

Xaxado: dança popular brasileira originada nas regiões do agreste e do sertão nordestino. Era muito praticada pelos cangaceiros da região, quase sempre, em celebração às suas vitórias. O nome é derivado ao barulho das sandálias dos cangaceiros contra a areia do sertão. Xaxado é uma dança de guerra e de entretenimento, criada pelos cangaceiros de Lampião.


Samba de Roda: surgido por inspiração, sobretudo, de um ritmo africano, o semba, e teria sido formado a partir de referências dos mais diversos ritmos tribais africanos. O Samba de Roda, no Recôncavo Baiano, designa uma mistura de música, dança, poesia e festa. Presente em todo o Estado da Bahia, o Samba de Roda é praticado, principalmente, na região do Recôncavo. Porém, o ritmo se espalhou por várias partes do país, sobretudo, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Forró: é uma festa popular brasileira, de origem nordestina. No forró, existem vários ritmos, como o baião, a quadrilha, o xaxado e o xote, que veio de Portugal. O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Foi Luís Gonzaga que consagrou o forró no Brasil e contribuiu muito para que a cultura do sertão nordestino fosse difundida pelo país. O Nordeste era, quase sempre, representado nas músicas do compositor.

Frevo: é um ritmo musical e uma dança brasileira com origem no Estado de Pernambuco. Ele é resultado da mistura de marcha, maxixe e elementos, da capoeira. Surgido na cidade do Recife no século XIX, o frevo caracteriza-se por ser um ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.


Bumba-meu-boi: Boi-bumbá ou Pavulagem é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno da morte e ressurreição de um boi. Como dança dramática, o bumba-meu-boi adquiriu, com a passagem dos anos algumas cateterísticas dos autos medievais, o que lhe dá o caráter de veículo de comunicação.

A culinária nordestina é variada, refletindo as condições econômicas e produtivas das diversas paisagens geoeconômicas dessa região. Frutos do mar e peixes são bastante utilizados na culinária do litoral, enquanto, no sertão, predominam receitas que utilizam a carne e derivados do gado bovino, caprino e ovino. Ainda assim, há várias diferenças regionais, tanto na variedade de pratos quanto em sua forma de preparo. Por exemplo, no Ceará, predomina o mugunzá - também chamado macunzá ou mucunzá - salgado, enquanto em Pernambuco predomina o doce). Na Bahia, os principais destaques são as comidas feitas com azeite de dendê e com camarão, como as moquecas, o vatapá, o acarajé e os bobós; porém não são menos apreciadas comidas acompanhadas de pirão como mocotó e rabada, além de doces como a cocada, que está presente em todo o nordeste. No Maranhão, destacam-se o cuxá, o arroz de cuxá, o bobó, o peixe pedra e a torta de camarão. Também no Maranhão se destaca o Guaraná Jesus, patrimônio maranhense de fama nacional. Já o bolo-de-rolo é patrimônio imaterial de Pernambuco.

Algumas comidas típicas da região são: o baião-de-dois, a carne-de-sol, o queijo de coalho, o vatapá, o acarajé, a panelada, a buchada, a canjica, o feijão e arroz de coco, o feijão verde e o sururu, assim como vários doces feitos de mamão, abóbora, laranja, etc. Algumas frutas regionais - não necessariamente nativas da região - são a ciriguela, o cajá, o buriti, a cajarana, o umbu, a macaúba, juçara, bacuri, cupuaçu, buriti, murici e a pitomba, além de outras.

Acarajé
Baião de Dois
Vatapá
Cajá
Cupuaçu
O povo alegre e criativo do nordeste tem participação importante na construção do folclore brasileiro. Prova disso é que várias lendas folclóricas têm origem no nordeste.

Quibungo – A lenda do Quibungo fala sobre um Bicho-Papão de cor negra. Esta criatura faz parte do folclore local da Bahia. O Quibungo teria origem na cultura africana. Ele seria uma variação da Cuca, uma criatura que tinha o objetivo de assustar as crianças. A lenda do Quibungo é contada no nordeste para disciplinar as crianças rebeldes e que não dormem cedo.

Cidade Encantada de Jericoacoara – Esta lenda trata de uma misteriosa cidade subterrânea, que estaria presente no litoral do Ceará. A cidade encantada teria torres de ouro e uma linda princesa encantada.

Papa Figo – A lenda fala de um personagem bastante conhecido no nordeste, o Papa Figo. Esta criatura sofre de uma terrível doença e precisa do fígado das crianças para sobreviver. O Papa Figo presenteia as crianças para atraí-las. Esta lenda é semelhante à história do Velho do Saco, que tem origem na Europa. O Papa Figo é uma lenda típica da cidade de Recife, em Pernambuco.

Barba Ruiva – Esta lenda surgiu no Piauí. Segundo a cultura local, um homem estranho e de barba ruiva vivia às margens da Lagoa Paranaguá. Este homem seria acusado de correr atrás das mulheres.

Cabra-Cabriola – Esta lenda fala de uma terrível criatura. O Cabra-Cabriola seria responsável por pegar meninos desobedientes. O Cabra-Cabriola também é usado para colocar medo em crianças que fazem xixi na cama.
Papa Figo
Cabra-Cabrola
Fonte: http://www.grupoescolar.com

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