Amigo e ex-chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse, nesta quarta-feira (12), que o ex-presidente não teme os desdobramentos das acusações, mas está "profundamente indignado" com as declarações de Marcos Valério, prestadas à Procuradoria Geral da República.
Para Carvalho, além de Marcos Valério não merecer credibilidade, ele mentiu tanto "nos detalhes quanto no conteúdo mais profundo".
Em setembro, depois de ter sido condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério afirmou a procuradores que pagou despesas pessoais de Lula em 2003, que esteve no gabinete do então presidente, e que o PT é quem banca os advogados dele.
"Ele [Lula] está sem nenhum medo, apenas profundamente indignado com a atitude desse senhor e impressionado da credibilidade que, de repente, esse que era uma espécie de fábrica de males passa a ser agora tido agora como legitimo e digno acusador. Nós sabemos que não é, infelizmente não é", disse Carvalho. Os dois se falaram por telefone na manhã de terça-feira dia11 e, na conversa, Lula não escondeu a irritação com as acusações feitas pelo operador do mensalão.
Para o ministro, Lula não deve se dar ao trabalho de responder às denúncias classificadas por ele como "falácia".
"Eu fui chefe de gabinete do presidente Lula durante oito anos. Eu sei quem entrou e deixou de entrar naquele gabinete. Esse senhor nunca pisou àquele gabinete. O presidente Lula nunca avistou esse senhor. Ele erra inclusive a geografia interna, que é um pequeno detalhe, os detalhes também contam", afirmou Carvalho.
O detalhe apontado pelo ministro está na localização do gabinete de Lula. No depoimento, Valério disse que esteve na Casa Civil e "subiu" até o gabinete presidencial. Contudo, a Casa Civil fica no quarto andar do Planalto e Lula despachava no terceiro andar.
O ministro faz coro a outros dirigentes petistas que veem
as declarações de Valério como uma nova tentativa de atingir o presidente Lula.
Apesar de afirmar que o ex-presidente não teme investigações, Carvalho não
defendeu a abertura de inquérito. Disse apenas que não cabe a ele decidir, mas
a Justiça. O ministro faz coro a outros dirigentes petistas que veem as
declarações de Valério como uma nova tentativa de atingir o presidente Lula.
Apesar de afirmar que o ex-presidente não teme investigações, Carvalho não
defendeu a abertura de inquérito. Disse apenas que não cabe a ele decidir, mas
a Justiça.
Folha de São Paulo
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