O abandono do Tigre em plena final da Copa Sul-Americana,
que resultou no título do São Paulo, começou a ser desenhado já na semana
passada. Dirigentes da equipe paulista alegam que já no reconhecimento do
gramado da Bombonera houve a primeira confusão envolvendo os dois times.
Segundo o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus
Lopes, já na hora de subir as escadas do estádio do Boca Juniors, que recebeu a
primeira parte da final, seguranças do Tigre teriam empurrado membros da
delegação são-paulina.
“Vocês querem saber o que aconteceu é só ver o que
aconteceu na semana passada. A gente ia subir as escadas da Bombonera, e os
seguranças começaram a empurrar a gente, não queriam deixar a gente subir
porque o time deles ainda estava no gramado. Tudo começou ali!”, disse ele
exaltado na saída do estádio do Morumbi.
No dia seguinte, durante o jogo, Luís Fabiano e o zagueiro Donatti se envolveram em mais uma confusão que terminou na expulsão dos dois. O clima continuou quente, e os brasileiros voltaram da Argentina reclamando bastante da violência que sofreram dentro de campo. Osvaldo, por exemplo, postou foto de sua perna com hematomas.
No dia seguinte, durante o jogo, Luís Fabiano e o zagueiro Donatti se envolveram em mais uma confusão que terminou na expulsão dos dois. O clima continuou quente, e os brasileiros voltaram da Argentina reclamando bastante da violência que sofreram dentro de campo. Osvaldo, por exemplo, postou foto de sua perna com hematomas.
Já no Brasil, Jesus Lopes voltou a reclamar do tratamento
recebido no país vizinho e ainda disse que recebeu os ingressos só no dia do
jogo, o que vai contra as determinações da Conmebol.
Na volta, um dia antes da decisão acontecer, o presidente
do Tigre, Rodrigo Molinos, reacendeu a chama de provocação que parecia apagar.
Em entrevista coletiva, o dirigente afirmou que existia uma boa chance de um
“Morumbizazo” acontecer, fazendo referência ao Maracanazzo, em 1950, quando os
uruguaios venceram a seleção brasileira na Copa do Mundo, com o estádio no Rio
de Janeiro lotado.
A confusão aumentou pelo veto do São Paulo ao reconhecimento
do gramado por parte do Tigre. O time argentino foi impedido de subir ao
gramado do Morumbi, sob a alegação de que a grama precisava respirar após show
da Madonna, e teve que treinar no hotel onde estava hospedada.
Horas antes do jogo, o gramado do Morumbi voltou a ser
motivo de polêmica. Seguranças do São Paulo tentaram impedir que os jogadores
do Tigre entrassem no gramado para fazer o aquecimento, algo que é tradicional
por parte de times visitantes. Revoltados, jogadores pularam a placa de publicidade
e fizeram o trabalho mesmo assim.
Isso porque, pouco antes da delegação entrar no Morumbi,
o ônibus do Tigre já havia sido atingido com latas.
No jogo, após sair à frente no placar, o São Paulo voltou
a reclamar da violência. Com o apito final do primeiro tempo, Lucas foi alvo da
ira dos argentinos e aproveitou para tirar satisfações por causa do sangue
escorria do seu nariz. A confusão ficou armada até a boca do túnel. Longe das
câmeras, os jogadores do Tigre voltaram a se envolver em uma briga, desta vez
contra seguranças do São Paulo e também a Polícia Militar.
Enquanto os argentinos alegam que receberam ameaças com
armas de fogo, os seguranças se defendem e afirmam que foram agredidos por
cerca de 40 pessoas da delegação do Tigre. O caso parou na delegacia de
polícia, mas a taça passou a fazer parte da estante de troféus do São Paulo.
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